Melhor ração para a raça Spitz Alemão

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Qual a melhor ração para meu Spitz Alemão?

Quando falamos em qualidade de vida dos nossos cães, falamos diretamente de bons hábitos e, principalmente, alimentação. Atualmente temos uma grande variedade de tipos de dietas que podemos fornecer aos nossos cães, desde comida caseira a rações industrializadas com qualidades diversas. Abaixo destacarei os principais alimentos para o seu cão, prós e contras de cada um deles. Você conhece todas as possibilidades?

  •   Alimentação de preparação caseira. Este tipo de alimentação vem ficando mais popular (novamente) a cada dia. Antigamente era comum cozinhar a comida do cachorro (já que as rações disponíveis no mercado não tinham tanta qualidade). Esse costume vem sendo reatado por alguns donos e criadores. É possível fazer alimento do seu cão em casa com qualidade, desde que se respeitem alguns quesitos básicos de nutrição canina. Com o avanço das pesquisas em nutrição destes animais, cada vez mais entendemos melhor as necessidades dos nossos pets e com base nisso podemos escolher os ingredientes corretos. Alimentos orgânicos podem ser um diferencial nas dietas caseiras, carnes com bom valor biológico e baixo teor de gordura (como peixe e frango) podem ser utilizados oferecendo uma qualidade maior na nutrição. Esse tipo de alimentação oferece o inconveniente do tempo de preparo, dificuldade para dosar a quantidade de calorias por refeição, a variedade dos ingredientes e quantidade de vitaminas e nutrientes incluídos além da escolha da matéria prima. Muita gente que opta por esse tipo de alimentação, oferece uma mesma receita durante toda a vida do cão, isso pode ser problemático se algum nutriente estiver em falta ou demasia, podendo trazer problemas a longo prazo.

     

  •   Alimentação caseira crua. Esta é uma dieta bem polêmica e com informações controversas por aí, inclusive entre especialistas. Ainda com déficit de pesquisas e informações confiáveis. Esse tipo de dieta vem se popularizando muito, principalmente nos EUA e é pouco conhecida por aqui. Se baseia em fornecer alimentos como seriam encontrados pelos cães na natureza incluindo carnes, vegetais, frutas e ossos em estado natural, sem cozimento ou processos industriais. Uma das vantagens é a gama de nutrientes que não se decompõem durante o cozimento (principalmente vitaminas) e a possibilidade de excluir os grãos transgênicos da dieta do animal (como a soja, o milho e o arroz, se o dono desejar dessa forma), outros elementos podem ser aumentados ou diminuídos conforme necessidade. Como desvantagens citamos a dificuldade de fornecer uma dieta balanceada em todas as refeições, o tempo para a compra de ingredientes/preparo e a sazonalidade de alguns deles, a alta velocidade de decomposição da refeição (já que envolve carnes cruas), não possibilitando o reaproveitamento de sobras para a refeição seguinte.

     

  •   Alimentação caseira vegetariana. Baseia-se numa alimentação a base de vegetais. Frutas, legumes, verduras são os principais ingredientes. Geralmente é uma dieta que é escolhida por alguns donos que se preocupam mais com uma questão de ideológica do que com a necessidade nutricional do cão. É uma alimentação muito polêmica, portanto não aprofundarei questões bioéticas. Alguns alegam que as proteínas animais podem ser substituídas pelas vegetais, já que todos os aminoácidos que compõem as proteínas podem ser encontrados em fontes não animais…Temos que lembrar sempre o cão, surgiu como um animal carnívoro (alguns defendem a tese de serem onívoros) e a partir do momento que se tornou doméstico passou a aceitar parcialmente a ingestão de carboidratos e tem enorme dificuldade de digerir grãos e quebrar algumas proteínas vegetais para ter os aminoácidos disponíveis (inclusive com intestino mais curto, característico de carnívoros, nos animais herbívoros e onívoros, este tende a ser bem mais longo para ser capaz de absorver todos os nutrientes). Uma das desvantagens é que a longo prazo não sabemos os riscos de uma dieta tão restritiva. Todas as informações científicas da área são de curto e médio prazo e uma suplementação de vitaminas e minerais deve ser feita para suprir a sua deficiência na dieta. De cara, o custo de uma dieta desse tipo parece mais baixo do que de rações industrializadas de boa qualidade, já que verduras, legumes e frutas podem ser comprados com um bom preço se soubermos aproveitar as sazonalidades e promoções. Mas a dieta pode encarecer bastante com a adição de queijo branco, leite e ovos, complexos vitamínicos e minerais. Muitos adeptos surgiram depois da Inglesa Anne Heritage, vegana, alegou que sua cadela Bramble morreu em 2003 com quase 28 anos, entrando para o Ginness book como o terceiro cão mais longevo da história. Por divulgar que a alimentava apenas com vegetais orgânicos e integrais, incentivou a popularização dessa dieta.

     

  •   Ração industrializada. Muito se investiu em pesquisa para a elaboração de rações nos últimos anos. Elas se dividem em 3 grupos que são as molhadas (geralmente vendidas enlatadas ou em sachês, pouco populares e consumidas no Brasil, a não ser como “agrados” eventuais), úmidas (também são pouco aceitas por aqui, têm a aparência da ração seca, mas com uma textura mais “macia”) e as rações secas. Esta ultima se subdivide em algumas categorias:

     

    • Rações Populares: São muito baratas e pouco nutritivas, comumente vendidas “a granel”em lojas de rações mais populares. Geralmente têm uma porcentagem muito alta de proteína vegetal vinda de restos produtivos da soja e milho.

       

    • Standards/premium: São as rações que vemos nos comerciais de TV, bem coloridas e com grãos em formatos de ossinhos, coração, etc…Têm entre baixa e média qualidade mas são muito conhecidas por serem fabricadas por grandes industrias e seduzem o consumidor com uma publicidade mais forte.

       

    • Super Premium: São rações de boa a alta qualidade e, obviamente um preço superior. Têm uma fonte de proteína animal superior as anteriores e consequentemente um aproveitamento melhor pelo organismo do cão. São enriquecidas com mais vitaminas, minerais e ácidos graxos em relação às categorias anteriores, além dos grãos não terem tantos aditivos para dar coloração. Não é comum vê-las em publicidades em grandes veículos de comunicação (como em comerciais de TV) pois sua divulgação é feita através de veterinários e criadores.

       

    • Rações de uso clínico: São super premium indicadas para tratamentos de doenças. Dão maior longevidade a cães que, comprovadamente, tem a saúde comprometida com alguma doença crônica ou alguma fase crítica. Podem aumentar consideravelmente a expectativa de vida de alguns cães e muitas vezes fazem os remédios serem dispensados ou diminuídos. A única desvantagem é que algumas são muito pouco palatáveis e logo rejeitadas pelos cães e infelizmente acabam sendo deixadas de lado pelo dono que, no fim das contas, opta por outro alimento que seu pet aceite melhor, mesmo sem os benefícios das rações clínicas.

       

    • Rações vegetarianas: Com o crescimento do vegetarianismo, muitos donos estendem essa dieta aos seus cães. Hoje já Temos no mercado opções de rações veganas e vegetarianas (as veganas não tem nenhuma fonte de proteína animal, já as vegetarianas podem conter ovos e leite). Tem uma composição vegetal muito mais variada do que nas rações tradicionais. Sua capacidade de manter de forma saudável nossos cães ainda é questionável e é pouco utilizada por aqui mas ganham popularidade considerável em alguns países. No Brasil existe apenas uma marca no mercado com esse conceito, é difícil de achar e o valor é relativamente alto. Poucos estudos testaram a eficácia desses alimentos por longos períodos.

     

    Nota do criador: Para os pomerânias (assim como para qualquer raça) recomendo a utilização de rações super premium e super premium de uso clínico (quando necessário e prescrito por médico veterinário)

    Tales Kishimoto (Especialista em comportamento animal)

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